A Assembleia da República, através da sua comissão dos Assuntos Sociais, Género, Tecnologia e Comunicação Social, chamou atenção para o facto de as paralisações sucessivas das obras de construção do Hospital Geral de Nampula (HGN), influenciarem, no futuro, para má qualidade do trabalho final.
Falando à imprensa, a chefe daquela Comissão, Maria Enoque, disse ter constatado com grande preocupação, durante a visita que o seu grupo parlamentar acaba de efectuar à província, no âmbito da fiscalização das actividades do governo provincial, neste caso da área de competência da Comissão, que as obras de construção do Hospital Geral, situado no posto administrativo urbano de Natikiri, arredores da urbe, estão paralisadas há sensivelmente dois meses, como forma dos trabalhadores pressionar a entidade empregadora, CETA Engenharia e Construções, a pagar salários atrasados.
A parlamentar disse que o mais agravante é o facto de haver sérios problemas de se encontrar outro mecanismo de resolver o problema, para que rapidamente a empreitada seja concluída.
O secretário do Estado na província de Nampula, Mety Gondola, já disse que está em curso junto do Ministério de tutela, a empresa contratada para execução das obras, no sentido de o mais rápido possível se encontrar uma solução para a retoma da empreitada.
No entanto, Gondola reconheceu que a actual situação financeira da empresa que está a executar as obras, não era das melhores, por isso que os compromissos assumidos inicialmente para a conclusão da empreitada não foram cumpridos.
Dados disponíveis referem que a paralisação das obras tem a ver com a falta de desembolso de fundos, por parte do Ministério da Saúde (MISAU), há sensivelmente um ano.
A construção do HGN, que será a segunda maior unidade sanitária da região, depois do Hospital Central, começou em Novembro de 2017, com o prazo de conclusão e entrega previsto para Maio de 2019, o que não aconteceu.
Depois de reprogramada a construção, para ser terminada em Setembro daquele ano, também não aconteceu, aliás, até a nova paralisação das obras.
Outros dados indicam que até a última paralisação, as obras estavam executadas em 75%.
Recentemente, falando a jornalistas na província vizinha da Zambézia, o Ministro da Saúde, Armindo Tiago, explicou que o Hospital Geral de Nampula está a ser financiado por parceiros de cooperação, por isso o andamento das obras não depende apenas do governo moçambicano.
