A província de Nampula consta da lista das que mais se ressente do problema de desflorestação do ecossistema do mangal, segundo deu a conhecer a directora do Instituto Nacional de Inspecção do Pescado, no Ministério do Mar, Águas Interiores e Pesca, Lúcia Santo.
Santos, falava na comunidade de Nachiropa no distrito de Nacala-à-velha, perante pescadores e membros do governo local, durante a cerimónia do lançamento do programa nacional de restauração do ecossistema do mangal, que decorreu sob lema “Mangal restaurado, Moçambique resiliente”.
A fonte não indicou a área global devastada, porém explicou aos presentes que os mangais funcionam como berçário de várias espécies marinhas, como é o caso do caranguejo e camarão, para além de contribuir na mitigação costeira contra os impactos das mudanças climáticas.
“Este facto sugere a necessidade urgente de a província acelerar a restauração do mangal em todos os distritos abrangidos pelo programa, designadamente Nacala-à-velha, Ilha de Moçambique, Angoche, Moma e Memba. É urgente que Nampula se mobilize e engaje massiva e vivamente, neste processo”, apelou Santos.
Para inverter o problema de abate de mangais no país, Santos explicou que o governo tem estado a envidar esforços, que visam minimizar os impactos negativos decorrente da pressão sobre aquele ecossistema, através de campanhas de sensibilização ambiental das comunidades, entre outras acções.
O governador de Nampula, Manuel Rodrigues, que esteve presente no acto, fez saber que os distritos abrangidos pelo programa de restauração do mangal, esperam repovoar 631,4 hectares, até o ano de 2024.
Para além de Nampula, o programa de restauração do ecossistema de mangal, será igualmente implementado em todas províncias da costa, nomeadamente, Inhambane, Gaza, Maputo, Sofala, Zambézia e Cabo Delgado.
