O Ministro da Indústria e Comércio, Carlos Mesquita, que ontem visitou duas unidades de processamento de farinha de milho fortificada, na cidade de Nampula, anunciou que o pelouro que dirige pretende dinamizar a industrialização local dos produtos agrícolas, para abastecer o mercado local e, desta forma, reduzir as importações.
Para o alcance do desiderato, Mesquita explicou que, antes, o ministério pretende fazer uma análise de competitividade, para aferir as condições e capacidades que as indústrias processadoras de alimentos têm.
Mesquita, que se encontra em visita de trabalho à Nampula, para monitoria do programa nacional “Industrializar Moçambique”, lançado no dia 6 do presente mês, na província de Manica, vai escalar os distritos de Nacala-à-velha, Nacala-Porto e Mossuril.
“Industrializar Moçambique” é uma iniciativa presidencial, enquadrada na implementação do Programa Quinquenal do Governo (PQG), que visa contribuir para o aumento da produção industrial nacional, através do uso da matéria-prima local, estimular a produção e reduzir a sua exportação em bruto, comercialização, bem como gerar emprego e renda para jovens e mulheres.
Msquita vincou a necessidade de as indústrias moçambicanas manterem uma dinâmica muito mais forte e agressiva, com vista a atender primeiro as necessidades domésticas, para depois exportar.
Os altos índices de desnutrição crónica, um problema que afecta 53% das crianças com menos de 5 anos de idade são preocupantes.
Para combater esta situação, decidiu-se criar uma estratégia nacional de fortificação de alimentos, onde junto dos produtores, este sector estará sempre atento para ver se de facto os produtos de consumo massivo como é o caso da farinha de milho, farinha trigo, óleo, açúcar e sal estão a ser devidamente contemplados.
“E isso afecta grandemente todos os aspectos que tem a ver com desenvolvimento das crianças, aspectos cognitivos e depois vai ter impactos negativos na sua carreira escolar e estudantil” disse Mesquita.
Por outro lado, as duas fábricas de processamento de farinha de milho visitadas nomeadamente “Super força”, com capacidade diária de produzir 80 toneladas, e “Star Grain”, com capacidade diária de 50 toneladas, queixaram-se de alegados custos elevados de energia e sucessivos cortes, situação que em algumas vezes se reflecte na produção.