A Zac Construções, a empresa que realizou as obras de asfaltagem da estrada que liga o cruzamento da EN1 à Marrere, na cidade de Nampula, numa extensão de 1 quilómetro e o respectivo fiscal, foram notificados pelo presidente da autarquia local, Paulo Vahanle, para devolverem o valor disponibilizado para execução da empreitada, por conta da alegada má qualidade da mesma.
No total foram gastos pouco mais de 40 milhões de meticais, para uma obra que sofreu danos muito antes de completar um mês, após a sua inauguração.
Vahanle, que ontem reuniu com as duas entidades, na presença de quadros da edilidade, para pedir esclarecimento sobre o assunto, garantiu que os visados vão, custe o que custar, indemnizar a autarquia pelos danos morais e materiais, decorrentes do uso de fundos públicos de modo inconveniente.
As obras de reabilitação e asfaltagem da via em alusão foram inauguradas no dia 4 de Janeiro do ano em curso. Entretanto, a estrada começou a denotar erros de construção e degradação precoce, quatro semanas depois da cerimónia de inauguração, estando neste momento em desuso, por conta das obras de remediação dos problemas técnicos.
Vahanle, acusa a Zac Construções de ser uma empresa “vocacionada” para estradas terraplanadas.
“Eu desconfiei desta empresa, por isso fiz questão de retirar-lhe a outra obra que havia ganho, de reabilitação e asfaltagem da segunda faixa da avenida Eduardo Mondlane”-desabafou Vahanle.
Para a empresa Zac Construções e o fiscal, que na reunião foram representados pelos seus colaboradores, esclareceram que, a má qualidade da obra, deveu-se à alegada falta de estudo geotécnicos.
Aquando da cerimónia de inauguração, Vahanle havia assegurado aos munícipes que a estrada tinha qualidade necessária para aguentar o tráfego, durante uma década, antes de apresentar necessidades de reabilitação.
Segundo Vahanle, tal pronunciamento baseou-se na informação que tinha recebido do empreiteiro, mas que, infelizmente, se mostrou falsa.