Os munícipes da cidade de Nampula, que usam os transportes semi-colectivos de passageiros para as suas deslocações diárias, contestam a decisão de criação de pontos intermédios de embarque e desembarque de passageiros, por parte dos motoristas, como forma de rentabilizar a actividade, enquanto aguardam a aprovação pela Assembleia Municipal da nova tarifa de 15 meticais, contra os actuais 10 meticais.
Para os passageiros, a criação de pontos intermédios consubstancia encurtamento de rota, que deve ser sancionada por quem de direito.
No meio dessa atitude, o cidadão tem sido o maior prejudicado, pois é obrigado a fazer duas ou três ligações para chegar ao destino gastando muito mais, em relação ao aumento do preço que se pretende.
Por exemplo, os “chapas” que exploram a rota Muahivire Expansão – Waresta, tem como ponto intermédio a Padaria Sipal, assim como os que usam a via do Matadouro e os da da rota Rex-Waresta.
Para Adelaide Maria, que diariamente tem de apanhar o transporte de Muahivire, para Faina, estes pontos intermédios estabelecidos ilegalmente são uma roubalheira.
“É triste num só dia ter de gastar 40 meticais, para ir e vir do serviço, contra 20 que considero justo”, disse Maria.
O mesmo sentimento foi partilhado por Esmeraldo Cussi, residente do bairro de Elipse.
“Peço a intervenção do Conselho Municipal para colocar ponto final a isso, os pontos intermédios para além de representar encurtamento de rota, são ilegais”, sentenciou Cussi.
De referir que os pontos intermédios foram estabelecidos pelos “chapeiros” depois do silêncio do Conselho Municipal, perante a proposta de revisão da tarifa de transporte, de 10 para 15 Meticais.
Por lei, a aprovação da proposta de revisão da tarifa é da responsabilidade da Assembleia Municipal (AM) e o presidente daquele órgão, Tertuliano Juma, disse recentemente que o documento da proposta de reajuste da tarifa de transportes semi-colectivos de passageiros ainda não tinha sido submetido.
