Está agendada para a manhã de hoje a realização da diligência de reconstituição dos factos, no local onde ocorreu o boleamento de Mahamudo Amurane, antigo presidente do Conselho Municipal de Nampula, crime que ontem completou cinco anos.
A sexta secção do Tribunal Judicial de Nampula acatou a promoção do ministério público, quando em sede de julgamento, e depois de ouvir os réus e alguns declarantes se achou conveniente realizar esta diligência que poderá ajudar na prova dos factos.
Lembre-se que constam como réus, Saíde Ali, então vereador do município dirigido por Amurane e Zainal Satar, empreiteiro que estava a realizar obras na residência particular deste, acusados de terem morto o autarca, por serem as pessoas que estiveram na companhia da vítima momentos antes da sua morte.
Mahamudo Amurane foi assassinado exactamente no dia em que Moçambique assinalava a passagem de 25 anos da assinatura do Acordo Geral de Paz. Primeiro edil eleito por um partido da oposição – Movimento Democrático de Moçambique (MDM) – para dirigir a chamada “capital do Norte”, Mahamudo Amurane estava a ter um desempenho notável na gestão da autarquia de Nampula, incluindo no melhoramento de infra-estruturas e combate à corrupção.
Neste 4 de Outubro, cinco anos depois da sua morte, a nossa reportagem tentou sem sucesso ouvir a reação de algumas individualidades políticas de Nampula, sobretudo do MDM que se escusaram a falar sobre este “herói” dos macuas.
Amurane foi assassinado aos 44 anos de idade, quando cumpria o quarto ano do seu primeiro mandato como edil de Nampula.