Trabalho infantil: problema que tende a se normalizar em Nampula

Trabalho infantil: problema que tende a se normalizar em Nampula

Tem vindo a crescer, nos últimos tempos, o número de crianças envolvidas no comércio informal, na cidade de Nampula, mandatados pelos país e encarregados de educação, apesar de tal configurar violação dos direitos daquela camada social.

Trata-se de crianças que abandonam os bancos das escolas, para se dedicarem a venda de produtos alimentares (amendoim cozido, banana, bolos, fritos, água gelada, doces, entre outros), no mercado grossista do Waresta, de Peixe, Central, 25 de Junho, para além de outros espaços, nomeadamente nos passeios das ruas e avenidas.

No mercado grossista do Waresta, os gestores daquele centro comercial explicaram que, algumas crianças, para além de se dedicarem à venda de produtos alimentares, são ladrões, situação que os deixa preocupados.

“São crianças que deviam estar na escola a estudar, por isso peço para quem de direito, para pôr cobro a esta situação”-sugeriu Inácio Pilo Pilo, chefe do mercado de Waresta.

O trabalho infantil é toda forma de trabalho realizado por crianças e adolescentes abaixo da idade mínima permitida, de acordo com a legislação de cada país.

Este tipo de trabalho é ilegal, porque priva as crianças e adolescentes de uma infância normal, impedindo-as não só de frequentar a escola e estudar normalmente, mas também de desenvolver de maneira saudável todas as suas capacidades e habilidades.

Além de muitas vezes reproduzir o ciclo de pobreza da família, o trabalho infantil prejudica a aprendizagem da criança e a torna vulnerável em diversos aspectos, incluindo a saúde, exposição à violência, assédio sexual, esforços físicos intensos, acidentes com máquinas e animais no meio