O deficiente sistema de transporte, restrição e limitação de acesso aos cuidados de saúde de emergência obstétrica, nas zonas rurais da província de Nampula, estão a influenciar, negativamente, a assistência pontual das mulheres gestantes.
A convicção é do Secretário de Estado na província de Nampula, Jaime Neto, e foi manifestada esta segunda-feira, durante abertura da conferência sobre saúde materna, neonatal e infantil de qualidade e de alto impacto, evento que se realizou sob lema “Juntos pela redução da mortalidade materna neonatal e infantil”
Por causa desta situação, segundo Neto, a mortalidade materna e infantil, continua a ser um dos maiores desafios dos Sistemas Nacionais de Saúde, em países como Moçambique, considerados em via de desenvolvimento.
Para travar a mortalidade materna e perinatal, Neto defendeu a necessidade de se continuar a fortalecer as intervenções baseadas em evidências, na área de saúde materna, neonatal e infantil, por meio de um pacote de apoio técnico e aumento da capacidade dos gestores, para assegurar a oferta dos serviços de saúde materno infantil de forma eficiente e sustentável.
“Devemos continuar focados na saúde dos recém-nascidos e dos riscos tais como baixo peso, os prematuros, os asfixiados e os com problemas respiratórios e infecções. Como Governo, reconhecemos o desafio de continuar a investir nas maternidades de referência, para o atendimento às gestantes e aos recém-nascidos de risco, garantindo a disponibilidade de todos os serviços necessários”, reconheceu Neto.
Exortou aos profissionais de saúde, a continuarem a trabalhar na promoção da saúde da população, em particular das mães gestantes.
Na mesma ocasião, a médica chefe provincial de Nampula, Selma Xavier, fez saber que, por conta da implementação de algumas iniciativas locais, ao longo dos últimos cinco anos, a província registou uma redução da mortalidade materna infantil, de 85/por 100 mil nados vivos, para 64 mortes/por 100 mil nados vivos.
Xavier indicou que a província de Nampula, tem 5 berçários, 248 unidades sanitárias, das quais 85 por cento possuem os serviços de maternidade, 5 por cento, tem capacidades para realizar cirurgias e 10 por cento, possuem laboratórios para responder 20 mil partos/ mês.