Uma fonte do Tribunal Judicial da cidade de Nampula revelou, semana passada, que está previsto para próximo mês de Março, o julgamento do processo que envolve o Presidente do Conselho Autárquico, Paulo Vahanle, indiciado de prática de crimes de corrupção.
Vahanle, a par de outros funcionários da sua autarquia, bem como do Conselho Municipal da cidade de Nacala-Porto, foram ouvidos como arguidos em processos separados pelo Gabinete Provincial de Combate à corrupção (GPCC) de Nampula, no passado dia 16 de Dezembro, no âmbito da instrução preparatória do autos relacionados com os crimes de desvios de fundos, enriquecimento ilícito e falsificação de documentos, acusações que o edil da chamada “capital do norte” sempre negou.
Lembre-se que quanto ao alegado desvio de fundos no município de Nampula, crime que se presume envolver altos dirigentes da edilidade, foi denunciado em 2020 pelo próprio Paulo Vahanle contra funcionários do Balcão de Atendimento Único, BAÚ, municipal.
Segundo revelou na altura, estima-se que tenham sido roubados dos cofres do Conselho Municipal pouco mais de 100 milhões de meticais.
O valor foi alegadamente surripiado por um grupo de funcionários afectos ao BAÚ, através de falsificação de depósitos bancários.
Entre os vários esquemas, os referidos funcionários efectuavam, por exemplo, a facturação ou cobrança de 60 mil meticais, mas depositavam ao Balcão Único Municipal apenas 50 meticais.
Sobre este caso apuramos que o processo ainda se encontra parado, porque o GPCC aguarda o relatório de auditória financeira realizada no município e que foi remetido à Inspecção-Geral das Finanças em Maputo.
Entretanto, o director do gabinete de imagem e comunicação, no conselho municipal de Nampula, Nelson Carvalho, disse que a edilidade ainda não tem conhecimento da realização do julgamento do edil em Março.
