Os cônjuges e os lideres das confissões religiosas, em Nampula, passam a ser actores activos no processo de mobilização das suas esposas e crentes, respectivamente, sobre a necessidade de aderirem ao programa de planeamento familiar.
Para o efeito, os gestores do sector de saúde e parceiros, que trabalham na área de planeamento familiar, estiveram reunidos na segunda-feira, na cidade de Nampula, para delinear estratégias de inclusão dos novos actores.
Falando durante o seminário sobre Saúde Sexual Produtiva, os técnicos da Saúde Materno Infantil disseram que a mulher enfrenta, a partir dos seus lares e nas comunidades religiosas onde comungam a palavra de Deus, dificuldades em aderir aos programas de planeamento familiar, sob pretexto de alguns escritos religiosos recomendarem as pessoas a se multiplicarem e constituir famílias.
A directora dos Serviços Provinciais de Saúde e Acção Social de Nampula, Munira Abudou, disse que a redução dos casos de morte materno-infantil depende do envolvimento do homem, como esposo, e dos líderes religiosos, na qualidade de agentes que podem influenciar opiniões.
Sem revelar os dados estatísticos, Abudou disse que até o ano de 2030 o Governo quer reduzir as mortes maternas e infantis para cerca de 80 casos em cada mil nascidos.
O seminário serviu de oportunidade para recolha de opiniões de diferentes intervenientes em relação aos cuidados na área de saúde materna e infantil.
