Os agentes económicos da cidade de Nacala-Porto, em Nampula, que ontem estiveram na mesma mesa para, em conjunto com o governo local, encontrar solução alternativa para o problema de escassez de contentores, para exportação de mercadoria diversa, advogaram a necessidade de avançar-se no frete de navios a granel, para viabilizar as suas actividades.
Neste momento, existem empresas que já estão a avançar na implementação da medida acima mencionada.
O vice-presidente da câmara dos despachantes aduaneiros de Moçambique, ao nível da região norte, Albino Dimene, chamou atenção para a necessidade de um maior cometimento dos exportadores, para operacionalização efectiva da iniciativa.
De acordo com Dimene, sabido que a crise de contentores deriva do impacto da pandemia da Covid-19, uma doença que veio para ficar, urge os operadores encontrarem formas de conviver com esse problema.
“Somos nós que devemos unir as forças para sugerir às linhas de navegação a solução do problema e trabalharmos em cadeia, o que será muito bom” -sublinhou Dimene.
Segundo apuramos, neste momento, os empresários dispõem nos seus armazéns enormes quantidades de Soja e Gergelim, que aguardam pela venda nos mercados europeus e asiáticos.
O representante da Confederação das Associações Económicas (CTA), Emílio Ribeiro, assegurou que “nós, na qualidade de representantes da CTA, vamos assumir o papel de intermediários e vamos interagir com as partes para a resolução do problema”-assegurou Ribeiro.
Por seu turno, a administradora do distrito, Etelvina Fevereiro, reiterou a necessidade dos agentes económicos organizarem-se e planificar a quantidade de produtos por exportar, sabendo que esse processo termina no mês de Outubro próximo.
Pediu para que os gestores das Linhas de Navegação e os despachantes reúnam-se para melhor planificação.
