A Administração Nacional de Estradas (ANE) disse ontem, quinta-feira, durante a XVII reunião provincial de estradas, realizada em Nampula, alargada aos administradores distritais, que necessita 541,4 milhões de meticais para as obras de manutenção de rotina das estradas revestidas, numa extensão de 749 quilómetros.
A informação foi tornada pública pelo chefe da repartição de planificação da ANE, que acrescentou que, a par das obras de manutenção de rodovias, este valor vai cobrir a construção de pontes.
Na ocasião, os administradores distritais manifestaram-se preocupados com a suposta falta de proactividade dos empreiteiros nos distritos para a manutenção de rotina das estradas, sobretudo nesta época chuvosa, que muitas delas estão em estado avançado de degradação.
Por exemplo o Administrador de Lalaua, Alfredo Matata, pediu que fosse accionada a empresa responsável pela manutenção das estradas ao nível do distrito, para reabilitar o troço que liga a sede do distrito à vila municipal de Ribàué.
Por sua vez, o administrador do distrito de Monapo, Araújo Momade, destacou que existe um problema no troço Monapo-Liupo, por causa da degradação da ponte sobre o rio Mpuesse, situação que se arrasta de algum tempo para cá e que exige a intervenção imediata do empreiteiro estacionado no distrito.
“O que eles sabem fazer é mobilizar máquinas para as estradas onde ganharam concurso de manutenção, mas nada fazem no terreno “-acusou Abacar Chande, administrador do distrito de Moma
O administrador da Ilha de Moçambique, Momade Ali, mostrou-se preocupado com relação a ponte que liga a parte insular com a do continente.
“O distrito é predominantemente turístico, mas, neste momento, a ponte que liga o continente à parte insular está sem iluminação pública e sinalização, o que representa perigo ”-disse Ali.
Por sua vez, o presidente da Associação dos Empreiteiros de Nampula, Mário Albano, disse que existem na província estradas que estão com mais de 10 anos sem obras de manutenção.
