Alguns transportadores semicolectivos de passageiros, na cidade de Nampula, que estiveram em greve desde segunda-feira, para exigir reajuste da actual tarifa, de 10 para 15 meticais, decidiram ontem, quinta-feira, “furar a greve” e retomar as actividades, mas com novas modalidades de funcionamento.
Com efeito, segundo constatamos, aqueles que tomam as viaturas, os valores a pagar devem ser em função às estações intermédias, que os “chapeiros” estabeleceram, isto é, se o passageiro apanha o carro na zona de “4 Caminhos” e pretende chegar a Waresta ou Faina, deve pagar 10 meticais, até a zona da Sipal, e outros 10 meticais, para ser levado ao destino (Waresta). Esta regra é quase valida para todas as rotas, o que faz com o transporte seja muito caro, porque, na verdade, custa 20 meticais.
Contactado para comentar o assunto, o presidente da Associação dos Transportadores Rodoviários de Nampula (ASTRA), Luís Vasconcelos, explicou que os transportadores que decidiram voltar à estrada, são aqueles que aceitaram operar com a tarifa de 10 meticais, enquanto esperam a decisão da Assembleia Municipal.
Apesar do aumento do preço, o que está igualmente a originar o encurtamento de rotas, o fim da paralisação aliviou os residentes da cidade de Nampula, que quase uma semana viveram um drama sem precedentes de falta de transporte público nas suas deslocações para os seus postos de trabalho e outros destinos da urbe.
