Os coveiros que exercem as suas actividades nos três cemitérios sob gestão do Conselho Municipal da cidade de Nampula, nomeadamente São João de Brito, da Faina e Lourenço, queixam-se de estar a auferir salários baixos, quando comparado com o volume de trabalho que realizam diariamente.
Segundo soube o nosso jornal de alguns coveiros, os valores pagos, como salários, estão abaixo do mínimo nacional. Por exemplo, João Rodrigues, afecto ao cemitério do Lourenço, diz que recebe mensalmente, 4 mil Meticais, valor que segundo ele, não cobre as necessidades básicas da sua família.
“Eu e os meus colegas trabalhamos muito, devido ao volume de trabalho. Não temos Sábado, nem Domingo para descansar”, queixou-se Rodrigues, referindo ainda que trabalham em condições deploráveis devido a falta de material básico para o exercício das actividades, nomeadamente pá, enxadas, luvas, máscaras, entre outros.
Manuel, um outro coveiro com quem conversamos, afecto ao cemitério São João de Brito vulgarmente chamado por “cemitério velho”, também se lamentou em relação aos salários, considerando que estão muito aquém do volume do trabalho desenvolvido.
Manuel denunciou que indivíduos desconhecidos, tem vandalizado algumas campas, para roubar cruzes metálicas, mosaicos entre outros objectos que consideram ter algum valor comercial, algo propiciado pela falta de guarnição e cuja culpa tem recaído sobre eles.
