Os jornalistas de diferentes órgãos de comunicação social baseados em Nampula são chamados a observarem a ética e deontologia no exercício da sua profissão, com vista a proporcionar informações de qualidade às comunidades.
A exortação surge na sequência da realização ontem, terça-feira, do simpósio promovido pelo Sindicato Nacional de Jornalistas (SNJ) em Nampula, para a reflexão dos problemas que enfermam a classe, no âmbito da celebração do Eia do Jornalista Moçambicano, que este ano se assinalou sob lema “45 anos por um jornalismo digno e responsável”.
O orador do encontro, Carlos Coelho, jornalista e jurista de profissão, explicou que para o cumprimento da ética e deontologia é necessário que o jornalista vergue pela dignidade perante a sociedade na qual está inserido, abdicando de vários males que colocam em causa a profissão.
Frisou que, o comunicador tem a responsabilidade acrescida de divulgar informações com isenção e imparcialidade de modo a beneficiar a sociedade, privilegiando o interesse público. Aliás, destacou que a difusão de mentiras constitui uma violação grave a ética e deontologia, dai que instou aos repórteres para a necessidade de procurar mecanismos necessários trazendo à tona a veracidades dos factos.
“É difícil termos dignidade se não conseguimos se quer apresentarmo-nos de forma digna perante a sociedade. A humildade e honestidade devem estar de braços dados na abordagem das matérias que oferecemos ao nosso publico”, considera.
A fonte mostrou-se preocupada com a proliferação de jornalistas nos últimos dias, os quais sem dom nem piedade têm apresentado comportamento que viola a profissão e exige a purificação da fileira, através da criação da carteira profissional.
“Hoje estamos a deixar a classe estar infestada por pessoas que não tendo alternativa ao emprego, segura um microfone e escreve uma linhas e logo se identifica como jornalista. Por isso estamos a ter confrontos entre a fonte e o jornalista, que por vezes os casos terminam em instâncias judicias.
José Arlindo, secretário de Sindicato Nacional de Jornalistas, em Nampula, reconheceu que ainda constitui desafio à classe, a falta de carteira profissional e pede aos jornalistas a comunicarem com rigor, objectividade e neutralidade sublinhando que não há possibilidade de se construir uma sociedade democrática sem o trabalho justo de jornalista.
Aliás, a classe foi recebida pelo Secretário de Estado da província de Nampula, Jaime Neto, para habitual saudação e aquele dirigente destacou a contribuição a mídia vem dando para o desenvolvimento da província.
“Fica difícil hoje ler, ouvir ou assistir a um jornal nacional sem uma informação sobre Nampula”, disse Neto.
Em mensagem, o governador, Manuel Rodrigues, felicitou a classe dos escribas referindo que os profissionais de comunicação social desempenham um papel primordial na divulgação das mensagens educativas de diversas matérias, com destaque para a promoção da democracia e liberdade de expressão, prevenção e combate de doenças, as uniões prematuras, gravidezes indesejadas, entre outras.
