Pessoas com problemas de pigmentação da pele, vulgo albinos, em Nampula, queixam-se de exclusão às vagas de emprego, em diversas empresas sediadas nesta região do país.
Segundo o activista e membro da Associação “Amor à vida”, em Nampula, Valter Mussa, a exclusão se faz sentir com maior incidência, quando concorrem às vagas de emprego lançadas por instituições privadas.
Falando ontem, por ocasião das celebrações do Dia Internacional de Consciencialização sobre o Albinismo, que este ano se assinalou sob lema “Inclusão é força”, explicou que, o mais penoso é que são deixados participar das provas de admissão, mas que nunca são apurados..
“Nós temos recebido informações, por exemplo de pessoas albinas que foram a uma entrevista e acabaram passando por humilhações e desprezo, e estigmatização por causa da cor da pele” explicou Mussa.
Indicou que, o lema escolhido para este ano visa reduzir e erradicar a estigmatização e exclusão social da pessoa com problema de pigmentação da pele, que tem sofrido no seu dia-a-dia na sociedade.
A fonte reconheceu e louvou o esforço empreendido pelas organizações da sociedade civil e governo, para eliminar e erradicar a exclusão social e a estigmatização.
“Por isso, hoje, realizamos uma marcha, no sentido de trazer uma consciência nova de entendimento, mostrando que ser albino não nos torna diferente” disse Mussa.
Reconheceu que, o desprezo, a humilhação e exclusão social tem contribuído, sobremaneira, para redução da auto-estima das pessoas portadoras de albinismo.
“Felizmente os casos de perseguição, raptos e sequestros contra pessoas com albinismo, ao nível da província de Nampula, reduziram muito ”-congratulou Mussa.
Porém, lamentou a morte, vitimas de assassinato de 4 pessoas com albinismo ao longo do ano passado, na província.
