Acácias e muros de vedação transformados em sanitários públicos

Acácias e muros de vedação transformados em sanitários públicos

Munícipes residentes na cidade de Nampula, capital regional norte, estão a transformar muros de vedação de instituições públicas e residências particulares e acácias espalhadas em várias ruas e avenidas desta urbe em sanitários públicos.

Esta prática, que está a aumentar nos últimos anos, acontece por falta de sanitários públicos operacionais ao nível da cidade de Nampula, e está a contribuir para a poluição do meio ambiente, para além de exalar cheiro nauseabundo na via pública. 

Numa ronda efectuada pela nossa reportagem foi possível observar que a situação é mais notória nas avenidas 3 de Fevereiro, do trabalho, Eduardo Mondlane, nas ruas Dar-es-Salam, Francisco Matange e Monomotapa, entre outros pontos.

Mariano Jorge, munícipe residente na cidade de Nampula, abordado pela nossa reportagem na rua Matange, fez saber que, para circular naquela rua, sobretudo ao lado do Museu Nacional de Etnologia, requer muita coragem, porque o cheiro da urina, que o muro de vedação desta instituição pública liberta, é muito forte.

Arsénia Mustafa, moradora de Muatala, outra munícipe abordada na rua Monomotapa, embora reconheça ser má prática, entende que o uso de acácias e paredes para urinar, acontece por insuficiência de sanitários públicos ao nível da cidade.

No seu entender, os poucos sanitários públicos que existem não são suficientes, e outros não oferecem condições de higiene para o seu uso.

 “Aliás, há sanitários que até fecharam as portas por causa de péssimas condições de higiene, refiro-me o que está localizado na estacão dos CFM” disse Mustafa.

O nosso jornal apurou que, em toda cidade de Nampula, existem apenas três sanitários públicos, sendo um deles localizado no Jardim parque popular, o segundo nas imediações do Hospital Central, ambos operacionais, e o terceiro no estacão dos CFM, que está inoperacional.

O Wamphula-fax tentou, sem sucesso, contactar o Vereador do Pelouro de Salubridade, Higiene e Gestão Funerário, João Maulala, com vista a obter algum pronunciamento sobre esta prática que está a contribuir para a degradação do meio ambiente.