Há muitos funcionários da educação “ociosos” em Nampula

Há muitos funcionários da educação “ociosos” em Nampula

O Governo de Nampula pondera a possibilidade de suspender, temporariamente, o processo de transferência e mobilidade de funcionários e agentes do Estado, sobretudo ligados ao sector da educação, dos distritos para a cidade capital da província.

O nosso jornal apurou que, a medida deve-se ao facto de existir na cidade de Nampula, idos dos distritos, muitos funcionários que alegadamente estão “sem nada por fazer”.

Segundo o Secretário de Estado na Província de Nampula, Jaime Neto, é chegada altura de impor regras sobre os processos relacionados com a mobilidade e transferência de funcionários e agentes do Estado.

Neto, que falava recentemente no distrito de Nacarôa, durante um encontro que manteve com os funcionários e agentes do Estado, fez saber que existiam funcionários que volvidos algum tempo exigido por lei, depois da sua admissão na função pública, no distrito, exigiam transferência ou mobilidade, para trabalhar na cidade de Nampula  

“Temos por exemplo um professor de física. Porque já fez dois anos no distrito e tem requisitos para pedir mobilidade logo faz. Então, quem é que vai ficar a dar aulas de Física na escola onde ele leccionava? Ninguém”, comentou Neto.

O Secretário de Estado indicou que, nos próximos dias seria desencadeado um trabalho de “vasculha”, na cidade capital, para se apurar, na verdade, o número de funcionários e agentes de estado ociosos.

“Queremos ver de facto quem está a trabalhar e quem não está a trabalhar. Aquele que não está trabalhando, vai voltar para o distrito”, sublinhou Neto.

Anotou com preocupação, num passado recente, que a transferência e mobilidade de professores dos distritos para a cidade capital de Nampula, tem estado a sobrecarregar a folha salarial do sector da educação, devido a necessidade de pagamento de horas extraordinárias aos que permanecem nos distritos “abandonados”.