Corrupção continua a infestar servidores públicos de Nampula

Corrupção continua a infestar servidores públicos de Nampula

Cerca de 132 processos-crimes foram registados pelo Gabinete Provincial de Combate à Corrupção (GPCC) de Nampula, contra funcionários, maioritariamente, do sector público, nos últimos 7 meses. Deste número, 37 processos foram julgados, facto que resultou na condenação de dois indivíduos em conexão com os crimes, e os restantes ainda aguardam o seu desfecho.

Segundo apurou o Wamphula Fax, os sectores de educação e da Polícia da República de Moçambique (PRM), são os que registaram o grosso número de casos, com destaque para crimes de corrupção passiva e de peculato.

Só no sector da educação, mais de 5 indivíduos estão a enfrentar a justiça acusados de desvio de fundos do erário público naquela instituição sob tutela do Ministério de Educação e Desenvolvimento Humano.

De acordo com o procurador do GPCC de Nampula, Aristides Manuel, o cenário idêntico registou-se no ramo da corporação, onde os implicados até aqui não quantificados, na sua maioria Polícia de Trânsito, foram flagrados a receber dinheiro dos automobilistas na via pública.

“Comparativamente a igual período do ano passado, apenas registamos a redução de um processo. Isso significa que, o gráfico ainda é estacionário, razão pela qual, nos remete o redobrar esforços para travar os actos ilegais que se registam, principalmente, nos sectores públicos”, Frisou a fonte.

Para além dos sectores arrolados, Aristides Manuel referiu, igualmente do envolvimento de líderes comunitários em actos sexuais em troca de ajuda humanitária à população, principalmente afectada pelo terrorismo que se encontra albergada nos centros de acolhimentos.  

Como medida para inverter o cenário, o nosso interlocutor, explicou que, decorrem campanhas de sensibilização às lideranças comunitárias inclusive a população para a necessidade de muni-las de ferramentas para a mudança de comportamentos.

“Não temos o registo do número exacto dos líderes comunitários envolvidos em acto sexuais em troca de comida, porque sempre sabemos que o crime de corrupção ocorre num fórum privado e para tal carece de trabalhos bem aturados”, precisou.