O sector de saúde, em Nampula, declarou na passada quinta-feira, o distrito de Malema, como estando livre do surto de cólera, que eclodiu no mês de Abril do ano passado na província.
Porém, o surto está activo na presente época chuvosa, nos distritos de Nacarôa, Eráti, Nampula, Mecuburi e Meconta, com um total de 3.131 casos e 12 óbitos
Segundo as autoridades, constituem factores de risco, para as pessoas contraírem a cólera, a fraca cobertura no abastecimento de água às comunidades, deficiente saneamento do meio, incumprimento de medidas básicas de higiene individual e colectiva, para além da desinformação sobre a origem da doença.
Neste momento, o governo e parceiros estão a desenvolver acções para conter a propagação do surto na província.
“Neste momento, o distrito de Malema deixa-nos tranquilo, porque estamos há, sensivelmente, 20 dias sem nenhum caso da cólera e de acordo com os critérios da Organização Mundial da Saúde (OMS) já podemos declarar o distrito livre da doença”, disse o chefe do departamento da saúde pública, no serviço provincial da saúde, em Nampula, Geraldinho Avalinho.
Avalinho, que falava por ocasião da reunião do Comité Operativo de Emergência (COE) realizada semana passada na cidade de Nampula, disse que o distrito de Eráti, tem estado a registar uma tendência de redução do número de casos.
O distrito de Mecuburi, segundo as palavras de Avalinho, é o que deixa o sector de saúde preocupado, por apresentar maior taxa de mortalidade, tomando em conta o número de casos.
“Estamos a falar de pouco mais de 300 casos que foram registados, com 9 óbitos, oque significa que em cada 100 casos, pelo menos 3 pessoas perderam a vida”, explicou Avalinho.
Para compreender as eventuais causas que estão na origem da aparente fragilidade do sector em fazer face a doença, foi despachada uma equipa técnica para aquele distrito.
“Estamos a considerar todos os cenários possíveis, talvez seja mesmo eventual fragilidade do nosso pessoal ou impacto da desinformação sobre a origem da doença, que pode estar a inibir as pessoas a procurarem cuidados médicos, entre outras”, disse Avalinho.