A falta de pagamento de salários de alguns meses, subsídios de nomeação, funeral e horas extras, para além de turno e meio aos funcionários e agentes do Estado, no distrito de Mecuburi, em Nampula, já tem um cumulativo de mais de 14 milhões de Meticais, segundo revelação do respectivo administrador, Orlando Muevane.
Na primeira sessão extraordinária do Conselho Executivo Provincial (CEP) alargada aos administradores distritais, realizada há dias, na cidade de Nampula, Orlando Muevane, disse que a situação é preocupante, na medida em que se arrasta desde o ano de 2012 e até agora não tem uma solução a vista.
Entretanto, este não é um caso particular de Mecuburi, mas segundo ficamos a saber existem vários outros distritos desta província, onde os funcionários esperam dos seus ordenados, igualmente, desde 2012.
“Alguns distritos, se a memoria não me falha, essas dívidas foram pagas no ano de 2022 e nove distritos ficaram de fora, incluindo o meu distrito de Mecuburi. Essas dívidas são sensíveis, estamos a falar de salários. Alguns foram salteados por motivos de falta de prova de vida e outros por outras razões”, contou, Muevane.
Aquele chefe do executivo lamentou ainda a questão da intransitabilidade das estradas que ligam aquele distrito, facto que se arrasta faz tempo, mas que piorou com as chuvas que acompanharam o ciclone Gombe.
“Temos, como exemplo, a estrada que sai de Mecuburi a Namina (um posto administrativo que produz bastante), onde neste momento a transitabilidade não tem sido boa. Igualmente, há o mesmo problema no troço Mecuburi a Muite, Mecuburi-Miana. Todas essas estradas têm pontes destruídas e não está a ser fácil a movimentação de pessoas e bens”, concluiu.
