O país poderá declarar, a partir de Abril próximo, o fim do surto da gripe aviária, que eclodiu nos finais do ano passado, pelo facto de não estar a registar novos casos da doença, segundo deu a conhecer esta semana, na cidade de Nampula, o Director Nacional de Desenvolvimento Pecuário, Américo da Conceição.
Conceição falava à margem do seminário de capacitação de 20 técnicos veterinários das províncias da região norte, em matéria de epidemiologia veterinária aplicada em serviço (ISAVET), para deteção rápida e precoce de várias doenças nos animais e resposta de prevenção e controlo, evitando a sua propagação no país.
O ISAVET é um programa implementado pelo Ministério da Agricultura e Desenvolvimento Rural, com apoio técnico da organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO), através do seu centro de emergência para doenças animais transfronteiriças (ECTAD), com financiamento da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID).
A fonte explica que a formação dos técnicos acontece por ter sido constatado que os recursos humanos da base, afectos aos serviços veterinários do país, tem pouca ou nenhuma formação na área de epidemiológica de animais.
“Ao potenciar os recursos humanos ao nível da base, estamos em condições de detectar, de forma precoce, qualquer doença de animais. Aliás, foi assim que aconteceu na província de Inhambane, aquando da gripe aviária, o que permitiu que o governo tomasse a medida necessária para travar a propagação da doença”, disse Conceição.
Usou da ocasião para anunciar que o país registou um aumento na produção de carne bovina, de frangos de pequenos ruminantes, entre outros, ao longo do ano passado, pois foram produzidas pouco mais de 183 mil toneladas de carne bovina e 152 mil toneladas de carne de frango.
Entretanto, apesar do volume de carne acima mencionado, o consumo no país continua muito baixo das quantidades mínimas, indicadas pela Organização Mundial de Saúde animal.
