Deslocados regressaram às zonas de origem

Deslocados regressaram às zonas de origem

Grande parte das pessoas que haviam fugido dos recentes ataques terroristas em Chiúre, província de Cabo Delgado, e buscado refúgio na vila de Namapa, em Eráti, na província de Nampula, regressaram as suas zonas de origem, segundo indicam os dados actualizados na passada segunda-feira pelo governo.

“Normalmente, a assistência é feita de forma faseada. Primeiro, havíamos feito o registo de um determinado número de pessoas, com o qual elaboramos o plano de acção. Porém, neste momento, estamos a observar que algumas pessoas já estão a regressar às suas zonas de origem, por isso precisamos de aferir o número exato” disse Anacleta Botão, delegada do Instituto de Gestão e Redução de Desastres (INGD).

 Botão, que partilhou a informação no final da IV sessão ordinária do Conselho dos Serviços de Representação do Estado realizada há dias, para se ter o número real das pessoas que retornaram as zonas de origem em Chiúre, uma equipe multissectorial está no terreno a fazer levantamento.

No quadro de assistência humanitária aos deslocados, dados partilhados pela Delegada do INGD indicam que mais de 36 mil pessoas receberam apoio multiforme, prestado pelo governo e parceiros, durante o período em que estiveram a viver nos centros transitórios na vila de Namapa, no distrito de Eráti.

Trata-se de apoios em bens alimentares, material de higiene, assistência na área sanitária, água e saneamento, psicossocial, entre outros, considerados como essenciais, em caso de género.

Com relação às queixas apresentadas pelos deslocadas, logo após a sua chegada à vila de Namapa, sobre alegada morosidade na distribuição de apoio alimentar, a fonte justificou que tal sentimento deveu-se a impaciência de alguns, por conta do elevado número de pessoas com qual as autoridades tinham de lidar.

“E para dar vazão tínhamos que ter uma equipa muito grande e houve necessidade de se organizar os deslocados por pontos de registo. Alguns ficaram perdidos porque iam se posicionar no ponto em que não estavam registados e isso levou ao registo de certos equívocos” -clarificou Botão.