Morreu no sábado passado, aos 82 anos de idade, António Lourenço Chade, o primeiro advogado da província de Nampula e da região norte de Moçambique. Os restos mortais de António Chade foram ontem a enterrar no cemitério São João de Brito, na cidade de Nampula, em cerimónia fúnebre iniciada no pavilhão dos desportos e que contou com a presença de familiares, governantes, colegas de profissão e amigos .
As mensagens de condolências apresentadas enalteceram as qualidades do profissional de direito, que, para além de advogado, foi antes juiz e ocupou diversas funções na Ordem dos advogados de Moçambique (OAM) e no instituto de Patrocínio e Assistência Jurídica (IPAJ).
Aliás, no percurso da sua carreira, Chade chegou a ser assessor do ministro da justiça e mais tarde do governador de Nampula.
Na sua mensagem, a OAM revela que Chade foi o primeiro advogado com carteira profissional com residência em Nampula, há cerca de 30 anos, aquando da formação desta organização.
Diz a OAM que, ainda, na década 90, foi o primeiro advogado na província de Nampula e na região norte, a ostentar a carteira profissional de advogado, desempenhando sempre com zelo e entrega várias funções como a de Delegado da OAM, formador e patrono de muitos colegas dispersos pelo país.
“Dr. Chade, como carinhosamente o tratávamos, deixa uma enorme lacuna no campo profissional, no âmbito da cidadania e no seu extenso círculo de amigos. Grande figura humana e de extrema nobreza no trato pessoal. Conjugava a sabedoria e solidez de princípios, evocando várias vezes o exemplo e os ensinamentos jurídicos de que dispunha”, frisou o presidente do Conselho Provincial da OAM.
António Lourenço Chade deixa nove filhos e vários netos.