A Direcção da Escola Secundária de Cossore, situada nos arredores do bairro de Muatala, na cidade de Nampula, anunciou que irá proceder à devolução dos valores cobrados aos alunos referentes às contribuições para a compra de papel e impressão dos enunciados das provas trimestrais. A cobrança originou uma revolta entre os estudantes, que culminou em vandalismo de equipamentos escolares.
Segundo apurou o Wamphula-Fax, o montante total em questão ultrapassa os 147 mil Meticais, correspondendo aos 70 Meticais cobrados a cerca de 2.100 alunos que irão realizar os testes trimestrais.
A directora pedagógica da escola, Gilda Julião, explicou aos jornalistas que os protestos terão surgido na sequência de uma alegada desinformação por parte de um grupo de alunos que não participa regularmente nas aulas e que não teria efetuado a contribuição.
“Nós já tínhamos iniciado a cobrança dos valores, e uma parte dos alunos já havia feito a contribuição. Talvez tenha sido este grupo, que ainda não contribuiu, que provocou toda esta situação”, afirmou Julião.
A manifestação dos estudantes resultou na vandalização de janelas, carteiras e mobiliário do bloco administrativo, assim como na destruição de documentos e na suspensão temporária das aulas das 7.ª, 8.ª e 9.ª classes.
Para dispersar os alunos, foi necessária a intervenção da polícia, que utilizou disparos para o ar com recurso a balas reais.
Para a direção da Escola Secundária de Cossore, a destruição das infraestruturas agravou ainda mais o já crítico estado do edifício onde funciona o bloco administrativo.
