A ocupação de um dos passeios laterais da Avenida Paulo Samuel Kankhomba, na zona do Mercado Novo, na cidade de Nampula, por vendedores informais, está a condicionar o curso normal das obras de requalificação da via. A constatação foi feita pelo presidente do Conselho Municipal, Luís Giquira.
De acordo com o autarca, que se pronunciou ontem durante uma visita de monitoria dos trabalhos em curso, dois trabalhadores da empresa responsável pela execução da obra foram recentemente agredidos fisicamente.
Para além disso, são frequentes os insultos e injúrias dirigidos aos operários por vendedores de telemóveis, material informático e outros acessórios, sempre que são solicitados a não colocar os seus produtos no chão, uma vez que tal comportamento interfere com o normal desenrolar das actividades.
Neste contexto, Luís Giquira garantiu que já decorrem processos junto das entidades competentes, com vista à responsabilização dos agressores.
“Estamos aqui, igualmente, para apelar aos nossos irmãos vendedores que permitam ao empreiteiro realizar o seu trabalho sem constrangimentos. Não estamos a impedir a venda — poderão retomar as suas actividades assim que as obras estiverem concluídas”, afirmou o edil.
As obras de requalificação da Avenida Paulo Samuel Kankhomba, que já se encontram executadas em cerca de 50%, consistem na remoção do antigo asfalto para colocação de um novo, na pavimentação dos passeios laterais e centrais, bem como na construção de espaços destinados ao estacionamento de veículos automóveis.
“As obras estão num nível de execução de cinquenta por cento, mas o ritmo poderia ser mais acelerado, não fossem estes constrangimentos que referi”, acrescentou Giquira.
O presidente do Conselho Municipal prometeu, ainda, reunir-se nos próximos dias com os chefes dos mercados, com o objectivo de encontrar uma solução definitiva para o problema do comércio informal nos passeios e ruas da cidade, especialmente em frente ao Mercado Novo.
Refira-se que as obras em destaque, na extensão de 2.12 quilómetros, têm a duração de 150, ou seja, estão previstas para terminar em finais de Setembro próximo. O custo das obras é de 143,3 milhões de meticais e estão sendo financiadas pelo município através Fundo de Desenvolvimento Autárquico e de receitas próprias.
