Novas fontes aliviam carência de água em Nacala-Porto

Novas fontes aliviam carência de água em Nacala-Porto

Mais de vinte mil munícipes da autarquia de Nacala-Porto, em Nampula, já beneficiam de água potável graças ao esforço do governo municipal, que construiu doze novas fontes de abastecimento, incluindo sistemas de bombas manuais.

O presidente do Conselho Autárquico de Nacala, Faruk Momade Nuro, procedeu, esta quarta-feira, à entrega oficial de três destas fontes nos bairros de Niriane, Naherenque e Ribáuè, reforçando o acesso à água em áreas onde a rede de abastecimento ainda não consegue suprir a procura.

O investimento, orçado em mais de doze milhões de meticais, visa aliviar as dificuldades enfrentadas pelos munícipes, sobretudo mulheres que, anteriormente, tinham de acordar de madrugada para percorrer longas distâncias em busca de água de qualidade duvidosa.

“Estamos a empreender todos os esforços para prover serviços essenciais à população. A água é fundamental para a higiene individual e colectiva e faz parte do nosso compromisso para promover o desenvolvimento da cidade”, afirmou Nuro.

O edil acrescentou que o município continuará a investir na construção de fontes de abastecimento de água e que a futura Empresa Municipal de Água e Saneamento, actualmente em processo de oficialização, será responsável pela gestão destas infra-estruturas.

“A durabilidade das fontes depende não só da construção, mas também da capacidade de as gerir de forma sustentável”, esclareceu.

Segundo o presidente, dos doze furos de água planificados, todos estão concluídos. Alguns estão a ser entregues oficialmente, enquanto dois ainda aguardam a instalação das bombas electrónicas, devido à profundidade do lençol de água — cerca de 120 metros em algumas zonas e 50 metros noutras.

Os residentes de Niriane reconheceram o empenho do presidente Faruk Nuro, mas continuam a reivindicar o acesso à energia da rede nacional e a melhoria da estrada de acesso.

Respondendo a estas solicitações, Nuro apelou à compreensão da população, explicando que os recursos são limitados e que a protecção das infra-estruturas existentes é essencial para garantir futuros investimentos noutros projectos.