A crise na demora de emissão de certificados, que tinha se instalado há anos, no ensino técnico-profissional foi, supostamente, ultrapassada, segundo garantias dadas pelo Secretário de Estado do Ensino Técnico-Profissional, Léo Jamal, após um encontro de cortesia com o governador da província de Nampula, Eduardo Abdula, nesta quinta-feira.
Jamal, assegurou que já não existem pendências relativas à emissão de certificados referentes a 2024, estando o processo em fase de consolidação.
“Neste momento, estamos a reforçar o sistema de emissão de certificados, introduzindo novos modelos e abordagens que permitirão maior rapidez. O objectivo é que, a partir do próximo ano, os estudantes de 2025 não tenham de esperar dois ou três meses para receber o seu certificado”, explicou.
Entre as principais inovações, Léo Jamal destacou a integração do próprio formando no sistema de gestão académica.
“A partir de 2026, o estudante passará a acompanhar, em tempo real, todo o seu percurso formativo, o que vai permitir maior transparência e acesso imediato à informação sobre o seu progresso”, sublinhou.
Durante vários anos, o atraso na emissão de certificados impediu muitos jovens de prosseguir os estudos no ensino superior ou de concorrer a vagas de emprego.
O governo reconheceu, na altura, que o problema estava ligado tanto à falta de dados completos e organizados fornecidos pelas instituições de ensino, como a dificuldades no sistema de gestão.
Numa altura em que o sector procura consolidar melhorias, o Secretário de Estado anunciou ainda que o Instituto Politécnico da Ilha de Moçambique e o Instituto Agrário de Ribàué serão alvo de intervenções de requalificação e reabilitação já a partir do próximo ano.
