Alguns seguranças do Hospital Distrital de Nacala-Porto, em Nampula, são acusados por alguns utentes, de aproveitarem-se das medidas de prevenção da Covid-19, impostas pela direcção daquele estabelecimento, para fazerem cobranças ilícitas.
O que sucede é que a direcção do hospital determinou que para evitar aglomerados no interior da instituição, os doentes internados não podem ter acompanhantes, excepto aqueles que não conseguem se movimentar sozinhos.
No que diz respeito ao fornecimento de refeições, o hospital aceita apenas a entrega aos doentes, pelos familiares e amigos, apenas de uma única refeição, a do almoço.
Entretanto, alguns pacientes que recentemente foram submetidos à cirurgia, foram orientados para ingerir apenas alimentos leves, como por exemplo Sopa.
Porque trata-se de uma comida que não consta do cardápio do Hospital, os familiares de doentes em alusão, são obrigados adquiri-la fora e que para fazer chegar aos seus parentes, são obrigados a dar qualquer coisa aos seguranças.
João Celeste, familiar de Tomás Ramos, disse ao nosso jornal, que foi obrigado a pagar 50 Meticais ao segurança, para fazer chegar a sopa ao seu familiar.
A mesma situação aconteceu com relação a Cláudia José, que pretendia fazer chegar sopa a sua mãe, que se encontra internada na maternidade, depois de uma cesariana.
De acordo com as nossas fontes, para além das cobranças ilícitas, os utentes que procuram os serviços de Banco de Socorros ou fazer Consultas Externas, queixam-se de alegada morosidade, para adquirir senhas que lhes dão acesso ao interior do hospital.
Sobre o assunto, o director clínico do Hospital Distrital de Nacala-Porto, Zulfrik Bila, disse que a direcção daquela instituição não tinha conhecimento sobre os casos de subornos. Por isso, apelou as vitimas a apresentarem queixa formal, para que sejam tomadas as devidas medidas administrativas contra os prevaricadores.
