ARA-NORTE sem solução para o crónico problema de água em Nampula

ARA-NORTE sem solução para o crónico problema de água em Nampula

A Administração Regional de Águas do Norte (ARA-NORTE) chamou a imprensa, na última sexta-feira (29), para anunciar, oficialmente, as contantes restrições cíclicas, que os munícipes de Nampula vivem há anos, porque a água está a escassear na barragem de Nampula, construída há mais de 60 anos.

Na ocasião, o chefe de departamento de recursos hídricos na ARA – NORTE, João Sitoe, reconheceu que aquela barragem não tem mais a capacidade de suportar a demanda dos habitantes em constante crescimento ao nível da cidade de Nampula.

Aliás, segundo a fonte, actualmente, a barragem está numa situação crítica, tendo em conta que a gestão da água em termos de abastecimento é de 40 por cento em termos de enchimento da própria infra-estrutura.

Na altura, como tem sido em todos os anos, as autoridades gestoras de água em Nampula continuaram a falar de possíveis soluções do problema, mas que não trazem esperanças, pois são projectos que levam muitos anos e muitas vezes terminam mesmo em promessas.

Desta vez, aponta-se a barragem de Macuji, localizado no distrito de Rapale, a poucos quilómetros da cidade de Nampula, como sendo a solução do problema.

Segundo foi anunciado, na altura, nos próximos dias vai arrancar um estudo de impacto ambiental, que terá a duração de 15 meses e seguir-se-á o lançamento do concurso para a adjudicação do empreiteiro para o arranque das obras em alusão, pois já há financiamento assegurado pelo Banco Mundial.

Entretanto, enquanto não acontece ou não se estuda uma solução factível do problema, aquela instituição continua a rogar por Deus para que faça cair a chuva nos próximos dias, para minimizar este crónico problema ao nível da urbe.

Aliás, durante a conferência de imprensa, o Administrador Técnico da empresa Águas da Região Norte – AdRN, Captin Ernesto, disse que, se a chuva cair nos próximos, a situação de restrição de água será ultrapassada.

“Em Nampula, neste preciso momento, temos cerca de 739 mil habitantes e destes só 30 por cento são cobertos, ou seja, cerca de 530 mil não são cobertos pelo sistema de abastecimento de água”, frisou a fonte.

“Apesar de estarmos muito abaixo do nível de emergência que é de seis metros, estamos ligeiramente bem, relativamente ao ano passado. Agora, reduzimos a produção, mesmo por causa da redução da albufeira. Até Setembro, tínhamos um nível de cerca de 30 mil metros cúbicos e, neste momento, são 20 mil metros cúbicos por dia”, acrescentou.

A fonte deu a conhecer ainda que, com esta quantidade de agua não é possível ao mesmo tempo, abranger a todos aos clientes que estão dentro do sistema, por isso mesmo, segundo suas palavras, tem havido nos bairros uma distribuição faseada.