Mantém-se escassez de transporte nas rotas interprovinciais

Mantém-se escassez de transporte nas rotas interprovinciais

A província de Nampula recebeu este ano muitos turistas domésticos, que fugindo da alta de preços nos aviões da LAM, usaram os autocarros de longo curso para vir passar a quadra festiva nesta zona do país. O movimento de retorno destas e outras pessoas continua a trazer a nu a escassez deste meio de transporte, sobretudo para aqueles que pretendem chegar a Maputo, Gaza e Inhambane, no Sul, bem como Manica e Sofala, no centro.

O presidente da Associação dos Transportadores (ASTRA), em Nampula, Luís Vasconcelos, reconheceu esta situação e disse que, eventualmente, as transportadoras deviam duplicar o número de autocarros para permitir o escoamento das pessoas com maior celeridade.

“A quadra festiva serviu de momento de facturação para os transportadores, mas temos a lamentar o registo de alguns acidentes de viação, por falta de observância das medidas de prevenção. Houve um trabalho de fiscalização conjunta envolvendo o Instituto Nacional de Transportes Rodoviários INATRO, Polícia da República de Moçambique (PRM) e outros actores, mas mesmo assim não foi possível evitar os acidentes”, referiu Vasconcelos.

Refira-se que, os autocarros para as cidades de Maputo, Beira, Chimoio e Quelimane saem diariamente lotados e muitos são os cidadãos que não conseguem adquirir o bilhete, nalguns casos, pois só há lugares para os primeiros dias do mês em curso.

Já ao nível interno da província    também se verifica o fluxo de passageiros, mas todos conseguem viajar porque existem várias viaturas sempre disponíveis.

Fontes do Wamphula Fax disseram ao nosso jornal que alguns minibuses de transporte interdistrital estão a fazer viagens duplas por dia para aproveitar o fluxo de passageiros que igualmente se regista nestes dias.

“Há chapeiros que vão de Nampula a Nacala duas vezes ao dia. Saem muito cedo e até por volta das 12 horas estão na cidade de Nampula. Depois voltar a arrancar e só chegam de volta cerca das 21 horas”, contou um passageiro que não quis se identificar referido que a fadiga toma conta dos motoristas e o risco de acidentes é sempre maior.