As casas de banho do Centro de Saúde de Mauhala-expansão, no bairro do mesmo nome, arredores da cidade de Nampula, são um atentado à saúde dos utentes, por conta da falta de limpeza.
Segundo constatou a nossa Reportagem, as latrinas encontram-se entupidas e os fezes a transbordarem, urina espalhado pelo chão e em volta das infra-estruturas exala um cheiro nauseabundo.
Alguns utentes disseram que a horrível e perigosa situação vem acontecendo desde há bastante tempo, sem que quem de direito faça algo para a sua resolução, mesmo que eles tenham igualmente vindo a reclamar sobre o assunto.
Segundo os nossos interlocutores, mesmo antes da cidade de Nampula ter sido afectada pela crise gritante de água, que até agora prevalece, as casas de banho daquele centro já eram imundas
“É extremamente constrangedor assistir pessoas a defecarem ao ar livre e porque as casas de banho estão cheia de fezes a ponto de não funcionarem. É um risco para a saúde, tendo em conta que as fezes podem ser uma fonte de doença, particularmente num local que concentra muita gente como este”, lamentou a utente Ana Maurício.
Entretanto, a directora daquele centro, Fátima Ambasse, reconheceu as péssimas condições de higiene em que se encontram as casas de banho do estabelecimento sanitário que dirige, porém, alegou que tal se deve particularmente à falta de água que se faz sentir na cidade de Nampula.
A fonte acusou também aos vendedores informais que exercem as suas actividades nas proximidades do centro de serem responsáveis pela situação complexa de higiene, por supostamente serem eles que defecam ao ar livre no recinto do hospital, já que não há de facto condições nas casas de banho, principalmente as destinadas aos doentes de consultas externas.
“Contudo, já desencadeamos o programa de limpeza das casas de banho, pois já temos água para o efeito, que era o grande problema, e esperamos que nos próximos tempos venhamos limpar todas as casas de banho que se encontram em péssimas condições de higiene, porque realmente, isto constitui um atentado à saúde pública”, garantiu Fátima Ambasse.
