As chuvas fortes que tem vindo a cair com intensidade, desde o princípio deste mês de Janeiro corrente, em Nampula, estão a trazer consigo o antigo problema de degradação de estradas, em todo canto da urbe – ou seja, nos bairros periféricos e cimento.
Lama e charcos no meio de estradas é o que se pode ver em algumas vias nas zonas suburbanas, até mesmo nas avenidas e ruas do centro da cidade, isto porque, durante o verão passado, a edilidade optou em tapar os buracos nas mesmas usando areia, e depois de molhada ela transforma-se em lama, e os buracos voltaram a criar dificuldades de movimentação de pessoas e viaturas.
Segundo alguns entrevistados, a situação está cada vez mais a piorar, porque, com estas chuvas, os buracos no meio das estradas estão cada vez mais a aumentar, numa situação em que ninguém faz nada para minimizar o cenário.
Miguel António é um dos cidadãos que em entrevista com o nosso Jornal lamentou a situação, tendo considerado que a cidade parece estar abandonada, porque, segundo ele, ninguém liga pelo que está a acontecer na mesma desde os finais do ano passado.
“A situação em que estamos a viver, é de verdade péssima, porque com este cenário de estradas esburacadas, ainda mais transformadas em charcos, porque a água da chuva não tem como passar e junta-se naqueles buracos, nós nunca vamos estar bem” lamentou António.
Um outro cidadão, depois de lamentar a situação, pediu para que quem de direito fizesse algo, no sentido de melhorar este cenário o mais rápido possível, antes da intensificação da chuva, que pode criar mais outros problemas a partir dos existentes.
“Na minha opinião, seria mais viável resolver esses problemas ainda agora, antes de a chuva aumentar, porque se isso acontecer vão acontecer situações piores que estas que estamos a viver, os charcos até vão virar lagoas e a erosão vai piorar, e aí talvez não teremos como sair dos bairros para a cidade com transporte” acrescentou o cidadão.
Uma das zonas suburbanas que corre o risco de perder a acessibilidade de transporte, principalmente público, é Namiepe, que, mesmo durante o verão, os “chapas cem” passavam em uma via alternativa, que não tem condições para suportar as chuvas fortes.
Os moradores daquela zona já se preparam para tempos difíceis, principalmente os que dependem de transportes públicos para se fazer a cidade para fins diversos, uma vez que no tempo de muita chuva, só taxistas de mota são os únicos que lá chegam, porque os chapeiros não aceitam usar a via do Nasser por esta supostamente não estar a compensar os custos do transporte.