Venda de comida nas ruas: as condições higiénicas são críticas

Venda de comida nas ruas: as condições higiénicas são críticas

Uma alternativa a muitos munícipes que saem pela manhã das suas casas e só regressam no final do dia, depois da jornada laboral, é alimentar-se das comidas de pronto consumo, que são vendidas nas ruas e avenidas da cidade de Nampula, em condições higiénicas bastante críticas.

Embora a maioria dos munícipes, tanto os de baixa como de media renda, sejam unânimes em afirmar que a qualidade da comida e os preços são favoráveis a todos, outros não deixam de criticar a forma como estes produtos são disponibilizados ao consumidor.

Numa ronda efectuada pela nossa reportagem, constatou-se que existem vendedoras que trazem a comida e sentam em algumas esquinas onde partilham os mesmos pratos, copos e talheres para diversos clientes sem a devida lavagem, para além de a comida estar exposta a moscas, poeiras e detritos diversos.

Alguns munícipes, aliás, sugerem que as vendedoras de comida, que exercem as suas actividades ao longo das ruas e avenidas da urbe, sejam induzidas para observância de medidas básicas de higiene, para que não atentem contra a saúde dos seus clientes.

Esta chamada de atenção foi feita devido ao facto de a cidade estar a registar alguns focos de diarreias e os vendedores, na sua maioria mulheres solteiras e chefes de famílias, que têm esta actividade como fonte de subsistência, desvirtuaram-se na observância das condições básicas de higiene, no processo de acondicionamento dos produtos.

Têm sido frequentes os casos de vendedoras que exercem suas actividades ao lado de depósito de lixo, ou urinóis improvisados junto dos postos de transformação eléctrica, vulgo PTS.

Aliás, elas mesmos (as vendedoras) deixam restos de comida e outros resíduos sólidos nos locais de venda o que propicia a enchente de moscas e o cheiro esquisito na via publica.

Os munícipes preocupados com esta situação sugerem que as autoridades municipais e de saúde, devem sensibilizar as vendedoras da necessidade de observarem as medidas básicas de higiene.

“Elas estão ali para ganhar a vida, mas devem velar pela saúde dos seus clientes. Expulsá-las não seria solução adequada, mas sim sensibilizá-las para observarem as condições de higiene”, sugeriu Mohamed Mussa um cidadão que consome tais alimentos.