Os vendedores de produtos manufacturados, que exercem suas actividades na feira da Organização da Juventude moçambicana, OJM, vulgarmente conhecido por mercado dos bombeiros, protestaram nesta quarta-feira contra a suposta decisão da requalificação do local.
Dados em nosso poder, indicam que a OJM pretende que os vendedores abandonem os espaços que ocupam para operacionalização do seu projecto de requalificação, mas alguns vendedores recusam-se em acatar está ordem, por alegadamente possuírem títulos que lhes confere o direito de uso e aproveitamento da terra, declarações de compra e venda de algumas barracas, entre outras alegações que consideram legais.
Em face da situação, e porque alguns vendedores apresentaram as suas alegações junto ao judicial, já foi emitida uma providência cautelar que proíbe a OJM de iniciar com as obras de requalificação do espaço.
“Decidimos inviabilizar qualquer obra de demolição das barracas, porque o assunto ainda encontra-se no tribunal”-disseram alguns vendedores.
Por sua vez, o secretário provincial da OJM, em Nampula, Mondefa Augusto, disse-nos que não sabia de nada sobre suposta demolição das barracas da feira da OJM.
“Se isso aconteceu, para nos é lamentável. Não sei se essa máquina vinha com o símbolo da OJM. Nós não metemos nenhuma máquina, queremos avançar com a requalificação da feira, mas não podemos fazer nada enquanto não tivermos desfecho do tribunal” – disse Mondefa.
Clarificou que apenas quatro vendedores recorreram as instâncias judiciais, para impedir a demolição de suas barracas, mas que o resto dos que desenvolvem suas actividades estão cientes de que a OJM é legítimo dono da feira.
“Esses quatros vendedores são de nacionalidade estrangeira, eles apenas querem criar malabarismo”-acusou Mondefa.
