A cidade de Nampula tem vindo a registar, nos últimos dias, uma subida galopante do preço do carvão vegetal, um dos combustíveis mais usados pelas famílias residentes na urbe, que atingiu o preço de 650 meticais por saco de 50 quilogramas, contra os anteriores 350 meticais.
Estes preços, segundo apurámos durante a ronda realizada em alguns postos de venda, devem-se ao alegado reajuste do preço do frete por parte dos donos das viaturas de transporte daquele produto, devido ao avançado estado de degradação e corte de algumas vias de acesso aos distritos produtores, desde que a província foi assolada pela tempestade severa JUDE.
Entretanto, os munícipes abordados pelo nosso jornal consideram que a subida do preço deste recurso está a sufocá-los financeiramente.
Anabela Mauro, munícipe residente no bairro de Muahivire, confessou ao nosso jornal que, na semana passada, passou três dias à procura, sem sucesso, de carvão para comprar.
“Surpreendentemente, quando o produto chegou, estava a custar entre 550 a 650 meticais. Fiquei admirada, porque não esperava isso”, disse Mauro.
Amélia Bachir, residente em Muatala, disse que, lamentavelmente, o carvão passou a ser um produto de luxo. “Já não há diferença entre comprar carvão ou gás, porque os preços são os mesmos. Muito elevados”, disse.
Joaquina Mustafa reconheceu que o agravamento cíclico do preço do carvão vegetal acontece sempre que chove, porém, destacou que este ano há um exagero nos preços.
