Município vai reabilitar e equipar casa mortuária do HCN

Município vai reabilitar e equipar casa mortuária do HCN

O Conselho Municipal da Cidade de Nampula (CMCN) vai, em breve, reabilitar e apetrechar a morgue do Hospital Central de Nampula (HCN), actualmente confrontada com a inoperacionalidade de grande parte dos equipamentos de refrigeração usados na conservação de cadáveres — situação que tem provocado mau cheiro nas imediações.

O anúncio foi feito nesta quarta-feira pelo presidente do município, Luís Giquira, durante a cerimónia de apresentação do relatório das actividades realizadas pelo Conselho Municipal nos primeiros três meses do ano em curso, no âmbito da I Sessão Ordinária da Assembleia Municipal.

Segundo Giquira, a edilidade tomou conhecimento da situação por via dos órgãos de comunicação social, que denunciaram os sérios constrangimentos enfrentados pelo HCN na gestão da sua casa mortuária.

“Entramos em contacto com o HCN e, neste momento, a edilidade está a finalizar os preparativos para o lançamento de um concurso público, com vista à reabilitação da morgue. Posteriormente, iremos equipá-la com os meios necessários para garantir a conservação dos corpos dos nossos entes queridos ali depositados, enquanto aguardam a sepultura”, assegurou o edil.

De recordar que, na edição passada, o nosso jornal divulgou uma matéria sobre queixas de alguns pacientes relativamente ao mau cheiro nas instalações do HCN, resultante do mau funcionamento dos equipamentos de frio da morgue. O problema é agravado pelo aumento do número de corpos não reclamados por familiares, que acabam por ser sepultados como indigentes.

Importa referir que, por norma, a gestão destes cadáveres é da responsabilidade do HCN. O Serviço Nacional de Investigação Criminal (SERNIC) entrega os corpos ao hospital num prazo de 15 dias, enquanto aguarda eventuais reclamações de familiares. Findo esse prazo, os corpos são enterrados em valas comuns, num processo que envolve o Conselho Municipal. De acordo com dados fornecidos pelo pelouro de Salubridade, Higiene e Gestão Funerária, nos primeiros três meses do presente ano foram sepultados 1.629 corpos nos diversos cemitérios municipais e comunitários da cidade, dos quais 23 não reclamados e 43 nados inominados.