Governo e CFM estudam solução para ponte de Saua-Saua

Governo e CFM estudam solução para ponte de Saua-Saua

As autoridades governamentais da província de Nampula, em coordenação com a empresa Caminhos de Ferro de Moçambique (CFM), realizaram, na quarta-feira, um trabalho de levantamento técnico que visa apurar os custos de reabilitação da actual estrutura ou, em alternativa, a construção de uma nova ponte sobre o rio Monapo.

O objectivo é assegurar uma travessia segura de viaturas, pessoas e bens entre o posto administrativo de Saua-Saua e Namicopo, no distrito de Nampula.

Com efeito, esta travessia reveste-se de extrema importância, uma vez que, para além de servir Saua-Saua, estabelece a ligação do distrito de Nampula com os distritos vizinhos de Muecate e Mecubúri.

Importa referir que a actual estrutura da ponte, construída com estacas no período colonial, já não oferece condições de segurança para a circulação de pessoas. Consequentemente, estas ficam sujeitas a situações de risco e ao perigo de ataque de crocodilos quando fazem a travessia do leito do rio Monapo de um ponto para outro.

O governador da província de Nampula, Eduardo Abdula, que liderou a equipa responsável pelo levantamento técnico no terreno, recordou que, logo após a passagem do ciclone Jude, se deslocou ao local, onde prometeu à população mobilizar parceiros para melhorar as condições de mobilidade.

“É neste âmbito de identificação de parceiros que estamos, neste momento, em negociações com os Caminhos de Ferro de Moçambique. Ainda ontem (terça-feira) estivemos em Maputo com o PCA e viemos aqui fazer já um levantamento técnico para apurar os custos e definir a melhor forma de garantir uma via transitável, que permita a passagem de pessoas e bens, facilitando a circulação entre esta ponte, Muecate e Mecubúri”, explicou Abdula.

O governador acrescentou que a presença da empresa Caminhos de Ferro de Moçambique (CFM) visa, precisamente, apurar qual poderá ser a sua contribuição para a execução deste projecto, de modo a pôr fim ao sofrimento vivido pelos populares durante a travessia de um ponto para outro.

Além disso, o chefe do Conselho Executivo Provincial sublinhou a importância de se agir com ponderação, de forma a construir, naquele local, uma estrutura duradoura e com maior tempo de vida útil, em vez de se proceder a remendos na antiga ponte, que se encontra em estado avançado de degradação.

“É preferível aguardarmos mais algum tempo e termos uma estrutura duradoura, do que fazermos reparações agora e, em Dezembro, voltarmos a ficar sem ponte”, sugeriu Abdula.