Jovem morre afogado num tanque de água em Nacala-Porto

Jovem morre afogado num tanque de água em Nacala-Porto

Um jovem identificado como H.J.O., de 20 anos de idade, morreu afogado no interior de um tanque de água localizado no bairro do Triângulo, em Nacala-Porto.

Segundo apurou a nossa reportagem, a vítima regressava de uma sessão de treinos de futebol e, ao chegar a casa, decidiu buscar água para tomar banho. No entanto, o recipiente que utilizava para recolher o líquido caiu para o interior do tanque. Ao tentar resgatá-lo, acabou por perder a vida.

De acordo com o residente Amade Salimo, alguns jovens ainda tentaram socorrer a vítima, mas sem sucesso. Acrescentou que não é a primeira vez que ocorre uma tragédia deste género naquela infra-estrutura.

Face ao sucedido, alguns munícipes solicitaram a presença dos membros do Corpo de Salvação Pública, vulgarmente conhecidos como Bombeiros, para remover o corpo e entregá-lo à família para a realização da cerimónia fúnebre.

Contudo, as autoridades alegaram não possuir material adequado para a operação, regressando ao comando distrital e deixando a família em desespero. Perante esta situação, foram mobilizados jovens do bairro para ajudar.

Anastácia Fernando, tia da vítima, afirmou ter recebido com enorme choque a notícia da morte do sobrinho, que considerava um jovem promissor e com projectos para o futuro.

Para ela, a falta de segurança no local contribuiu para o trágico desfecho. Recordou ainda que um incidente semelhante já havia sido registado em 1996, lamentando desta vez a inoperância dos Bombeiros, supostamente devido à ausência de meios adequados.

Sem saber como proceder para retirar o corpo, a família viu-se abandonada pelas autoridades. “Será que temos Governo que represente e satisfaça as necessidades do povo? Como é que a Polícia responde que não retira o corpo do nosso familiar por falta de condições de trabalho? Isto é de lamentar”, declarou a nossa fonte.

Apurou-se que o tanque possui cerca de 12 metros de profundidade e foi construído durante a governação de Manuel dos Santos. Desde então, a infra-estrutura tem servido para o abastecimento de água dos residentes locais, apesar dos riscos de queda que sempre representou.