O Governo da província de Nampula compromete-se, com carácter de urgência, a mobilizar investimentos destinados a equipar as Forças de Defesa e Segurança (FDS) com viaturas, alimentação adequada, cozinhas condignas, entre outros meios, de forma a dignificar o seu trabalho diário e reforçar a sua capacidade operacional.
Para o efeito, as autoridades governamentais anunciaram a intenção de envolver parceiros públicos e privados, de modo que todos os 23 comandos distritais da Polícia da República de Moçambique (PRM) na província estejam devidamente equipados com os materiais necessários para o desempenho das suas actividades.
Conforme apurou o Wamphula Fax, esta iniciativa visa igualmente motivar os agentes da corporação nas suas funções de manutenção da ordem, segurança e tranquilidade públicas.
O compromisso foi reafirmado ontem, no recinto do Comando Provincial da PRM, na cidade de Nampula, pelo governador Eduardo Abdula, durante a cerimónia alusiva à Semana da Legalidade, cuja efeméride se assinala no dia 5 do mês em curso.
O dirigente destacou que a melhoria das condições de trabalho dos agentes da lei e da ordem deve ser encarada como prioridade da governação e não como uma mera despesa.
“Quando um agente da corporação está mal alimentado, mal instalado ou sem transporte, dificilmente cumpre a sua missão com eficiência e moral. Por isso, vamos investir para que haja motivação real nas fileiras da polícia”, afirmou Abdula.
O governador reconheceu, contudo, que a província de Nampula enfrenta sérias carências de meios circulantes e operacionais, sobretudo nos distritos mais recônditos, onde a falta de viaturas, rádios de comunicação e infraestruturas adequadas limita a resposta rápida a incidentes e queixas apresentadas pelas comunidades.
Manifestou ainda preocupação pelo facto de alguns comandos funcionarem em instalações improvisadas, sem energia eléctrica nem condições sanitárias.
“Isto não é aceitável. Precisamos transformar as nossas esquadras em locais de respeito — tanto para quem serve o Estado, como para o cidadão que procura ajuda”, sublinhou o governador.
Na mesma ocasião, Eduardo Abdula explicou que os orçamentos centrais do Estado continuarão a financiar parte da componente da segurança pública, mas defendeu que as províncias devem complementar esses esforços, envolvendo empresas privadas, parceiros internacionais e a sociedade civil.
“Os orçamentos centrais cobrirão uma parte, mas nós, a nível provincial, iremos bater às portas, procurar parceiros e aliados para reforçar aquilo que o Estado, sozinho, não consegue garantir”, concluiu.
