Renamo em Nampula diz que Governo é incapaz de lidar com  o terrorismo em Cabo-delgado

Renamo em Nampula diz que Governo é incapaz de lidar com o terrorismo em Cabo-delgado

O partido Renamo, em Nampula, afirmou ontem, segunda-feira, que o Governo moçambicano demostrou ser incapaz de lidar com a situação de terrorismo em Cabo-delgado, que se arrasta desde 2017, onde homens terroristas assassinam sem piedade a população indefesa, saqueando bens e queimando o património público e privado.

“O governo do dia, mesmo sentindo ou reconhecendo a sua incapacidade para proteger e defender as populações daquela província, teima, ainda, em não aceitar a ajuda estrangeira, capaz de minimizar e controlar a situação e repor a segurança”- lamentou Abiba Abá, delegada provincial da Renamo em Nampula,.

Abiba Abá falava em conferencia de imprensa, por ocasião da celebração do 3º aniversário da morte de Afonso Dhlakama. Na ocasião, a delegada provincial recordou que Dhlakama foi um homem determinado, comandante cheio de bravura e destemido que conduziu uma guerra, não por ambição pelo poder, dinheiro e regalias, mas pelo bem-estar do povo moçambicano.

Acrescentou que, em vida, Dhlakama liderou durante anos a luta pela conquista da Democracia Multipartidária, que teve o seu desfecho há 4 de Outubro de 1992, com assinatura do Acordo Geral de Paz, em Roma.

Para a Renamo, Afonso Dhlakama foi um homem carismático, tolerante, mas muito crítico aos abusos, exageros do Governo do dia, sendo que esteve sempre ao lado do povo e era defensor de uma governação descentralizada nas províncias.

Recordou que, sob sua direcção, iniciou um processo de negociação que culminou com a revisão pontual da Constituição da República, para acomodar a eleição dos governadores provinciais e administradores distritais, a partir das eleições de 2024.

“Combateu a fraude nos processos eleitorais e no seu estilo dialogante abriu caminhos para vários momentos de diálogo com o governo da Frelimo, razão pela qual, hoje estamos a falar da implementação do processo de Desarmamento, Desmobilização e Reintegração dos homens da Renamo- DDR” –anotou a fonte.