O Estado moçambicano, através da sua representação na província de Nampula, garante que as obras de reconstrução das duas pontes destruídas pelo Ciclone Kenneth, no distrito de Memba, em Maio de 2019, serão concluídas em Agosto próximo, e não este mês, segundo a previsão inicial.
O custo total das duas pontes é de 30 milhões de meticais, onde 11 milhões destina-se as obras da ponte sobre o rio Nacala e mais de 19 milhões de meticais sobre o rio Muendaze. A província de Nampula está a ser piloto no assentamento de pontes metálicas e espera-se que haja uma réplica em todas as regiões do país.
O Wamphula fax soube que a postergação do prazo de conclusão das obras deve-se às alterações feitas do ponto de vista de figurino e a deslocação dos técnicos da obra, para atender a reposição da ponte sobre o rio Natete, no distrito de Malema.
Porém, o representante da empresa BLM Construções, António Ossifo, reforçou que em Agosto todas as actividades estarão terminadas, o que vai melhorar a transitabilidade naquela estrada que dá acesso ao distrito costeiro de Memba. Os próximos dias serão determinantes para a execução dos trabalhos com vista a colocação de maciços incluindo o período de cura do próprio betão.
A ponte sobre o rio Nacala está num nível de execução estimado em 95 por cento. A infra-estrutura sobre o rio Muendaze vai atingir 75 por cento nos próximos três dias, pois o empreiteiro assegurou que vai intensificar as suas intervenções.
O Secretário de Estado na província de Nampula, Mety Gondola, que se deslocou ao distrito de Memba para monitorar o nível de execução dos trabalhos comprometeu-se a continuar a fazer acompanhamento do processo da execução das obras.
“Vamos continuar a acompanhar o desenvolvimento das obras. Existe o processo de estabelecimento das obras e outro sobre o ambiente de trabalho que consiste na contratação da mão-de-obra, respeitando a política da mão-de-obra local e a componente de género”, disse Gondola.
A nossa Reportagem soube que os empreiteiros se queixam de dificuldades relacionadas com o desembolso de fundos por parte das autoridades governamentais, porém Gondola garantiu que todos os desafios têm sido coordenados com os construtores, no sentido de avançar apesar das restrições impostas pela Covid-19, crise financeira internacional e outros factores de natureza económica.
