Segundo INAE em Nampula: “É difícil fazer cumprir o distanciamento físico nos mercados”

Segundo INAE em Nampula: “É difícil fazer cumprir o distanciamento físico nos mercados”

A Inspecção Nacional das Actividades Económicas (INAE), em Nampula, através do seu delegado provincial, Élio Rareque, disse esta semana que a instituição que dirige, está a encontrar sérias dificuldades para fazer com que as pessoas observem o distanciamento físico, uma das medidas de prevenção contra contágio pelo novo coronavírus, em locais de maior concentração populacional, com destaque para os mercados.

De acordo com Raraque, a forma como estão construídas as bancas, onde sãos expostos os produtos para a venda, propicia que as pessoas se apinhem, devido aos espaços mínimos de parcelamento.

Ele entende que para o cumprimento da medida de distanciamento físico nos mercados públicos e informais, será necessária a requalificação daqueles locais, o que obviamente exigira fundos financeiros para o efeito.

A inexistência de entradas específicas para os mercados informais, que funcionam ao nível dos bairros, coloca, igualmente, o desafio sobre como fazer com que seja eficaz o trabalho de higienização das mãos e medição de temperatura corporal dos que entram naqueles locais.

 A prática da actividade desportiva, com destaque para a realização de jogos de futebol aos fins-de-semana, nos bairros de Napipine e Muatala, constitui outro desafio.

Segundo Rareque, os técnicos da INAE assim como agentes da Policia da República, estão a enfrentar alguma resistência popular, quando pretendem fazer cumprir a lei.

Para o nosso interlocutor, não está proibida a prática de exercícios físicos, mas estes devem ser realizados em casa, assim como em locais onde não haja um aglomerado de pessoas.