A Presidente da Assembleia da República (AR), Esperança Bias, garantiu, semana passada, aos deslocados internos dos ataques terroristas em Cabo Delgado, acomodados no Centro de Corrane, distrito de Meconta, em Nampula, que as Forças de Defesa e Segurança (FDS) estão empenhadas no combate àqueles malfeitores, para garantir que as populações possam, um dia, regressar às suas zonas de origem.
Bias pediu aos refugiados para que não perdessem a esperança de um dia regressar às suas origens.
A fonte anunciou, na ocasião, que recentemente as FDS recuperaram mais de 30 crianças, que estavam a ser usadas pelos insurgentes, para matar os seus irmãos, pais, tios e outras pessoas inocentes.
Outra importante vitória das FDS no teatro das operações, anunciada pela Esperança Bias aos deslocados, é a captura de uma mulher que, supostamente, fornecia informações aos insurgentes.
Ela referiu que para garantir essas vitórias é necessário que haja vigilância naquele centro, para que os insurgentes não se infiltrem no seio dos deslocados.
“Portanto, é bom saber que o governo está a trabalhar para garantir as condições de segurança em todas as zonas onde ocorrem os ataques terroristas e noutras da província de Cabo Delgado” – destacou.
Entretanto, a nossa interlocutora disse ter constatado, apesar das dificuldades, haver um grande trabalho que está sendo feito pelo governo e parceiros, para que os deslocados tenham mínimas condições básicas para viverem naquele centro.
Por outro lado, a Presidente da AR disse ter verificado com satisfação o facto de os deslocados não dependerem somente dos produtos doados, fruto da sua entrega nas actividades de produção agrária, o que ajuda na diversificação da dieta alimentar.
Respondendo a algumas inquietações relacionadas com à gestão dos donativos, Esperança Bias disse que o processo deve ser feito de forma coordenada entre as instituições do governo e parceiros, não só na recepção e distribuição, mas também na informação.
“Na verdade, há desafios que estão registados, e há um trabalho que o governo está a fazer, para que não haja problemas na distribuição de donativos. Mas é bom não esquecermos que a deslocação das vítimas do terrorismo de Cabo Delgado para Nampula não estava prevista, por isso, haverá dificuldades na distribuição de donativos. Mas como disse, estamos a trabalhar para superar essas dificuldades que ainda existem neste processo”, observou.
