O sector da educação, na província de Nampula, afirma ter eliminado o problema da existência de funcionários fantasmas, sobretudo professores, que recebiam salários e subsídios mesmo não tendo um vínculo contratual de trabalho com o Estado, mercê do reforço do sistema de fiscalização e controlo interno.
A informação foi dada, há dias, pelo inspector-chefe da educação, em Nampula, Cipriano Albino.
Do que se sabe é que no país a existência de funcionários “fantasmas” é um facto que é protagonizado por alguns responsáveis e técnicos seniores dos sectores de actividade, que introduzem no sistema financeiro nomes de funcionários “fantasmas” com salários altos e com vários subsídios, num esquema associado à corrupção, trazendo um grande encargo financeiro para o Estado.
“Tínhamos que mudar o quadro prevalecente no caso da nossa província, e mudou mesmo. O problema da existência de funcionários fantasma, sobretudo professores, já passou para a história na província de Nampula. Os prevaricadores já não têm espaço para manobras. Por exemplo, como fruto do trabalho cerrado de fiscalização e controlo, no ano passado não tivemos registo de nenhum caso de professor fantasma, e no presente tudo indica que também não teremos”, explicou.
A fonte disse que neste momento existe um único caso de um professore que aufere um salário alto que não corresponde à sua qualificação, isto é, de forma irregular, e logo que o caso foi identificado tomou-se imediatamente uma medida adequada e o assuno já foi encaminhado às autoridades competentes para o devido tratamento. O professor em causa lecciona numa escola do centro de refugiados de Maratane, arredores de cidade de Nampula.
Em Nampula há muito que as autoridades governamentais vêem lançando o repto no combate aos funcionários “fantasmas” no Estado, na perspectiva de que a única forma de travar este ciclo é responsabilizando quem pratica esse acto violando normas estabelecidas na função pública.
