O transporte de passageiros voltou a funcionar em pleno ontem, na cidade de Nampula, depois de dois atribulados dias, em que o cidadão foi severamente sacrificado, tendo que caminhar a pé longas distâncias ou usar como alternativa o táxi-mota, pagando valores acima das suas capacidades.
Assim, está previsto para segunda-feira próxima, o início da ronda de negociações entre o Conselho Municipal local e a Associação dos Transportadores Rodoviário (ASTRA), em torno da proposta de reajuste da tarifa, pelos serviços de transporte semi-colectivo urbano de passageiros, de 10 para 15 meticais, submetida à edilidade em Novembro do ano passado.
A ASTRA apresenta vários argumentos para sustentar a proposta do reajuste em 50 por cento da tarifa, sendo o mais forte, o sucessivo aumento dos preços de combustíveis.
As negociações, envolvendo técnicos do Departamento de Transportes, no Conselho Municipal da Cidade de Nampula e da ASTRA, são consideradas pertinentes, porquanto devem culminar com a produção de um documento de consenso entre as partes, para posteriormente ser submetido à Assembleia Municipal, para sua aprovação.
O Presidente da ASTRA, Luís Vasconcelos, que deu a informação, assegurou que foram criadas equipas especializadas, para as discussões que iniciam na próxima semana.
Na mesa das negociações estarão também os argumentos que tentam proteger os utentes deste tipo de transporte, muitos deles que vivem a base do salário mínimo nacional e que devem de segunda a sexta-feira, fazer-se de casa ao local de trabalho pagando o transporte.
Na paralisação de dois dias os prejuízos foram contabilizados em diferentes vertentes, sendo, por um lado, os próprios transportadores que ficaram sem a receita diária e, por outro, o cidadão que ou esteve ausente no posto de trabalho ou se fez presente com esforço físico ou gasto financeiro adicional.
