O Conselho Municipal da cidade de Angoche, na província de Nampula, lançou hoje, sexta-feira, a elaboração de um projecto para documentar a história local, com o objectivo de resgatar os valores culturais e transmiti-los às futuras gerações.
O projecto está orçado em 8,2 milhões de Meticais. Além disso, o projecto visa solicitar à UNESCO a declaração da cidade de Angoche como Patrimônio Cultural da Humanidade.
A pesquisa, que será conduzida ao longo de seis meses, contará com a participação de três pesquisadores da província de Nampula, que vão realizar as entrevistas com anciãos locais.
A presidente do Conselho Municipal de Angoche, Dalila Ussene, afirmou, durante o lançamento do projecto, que espera que o projecto contribua para revitalizar e dinamizar o desenvolvimento da cidade, que, em 1970, era a sétima maior do país e, actualmente, encontra-se em declínio.
Dalila Ussene explicou que, a pesquisa, aprovada pela assembleia municipal, fazia parte dos primeiros cem dias de seu mandato, mas atrasos na agenda impediram a sua realização dentro do prazo inicial.
“Queremos resgatar esses valores para que as próximas gerações compreendam a importância de Angoche ao longo da história. Se não me falha a memória, a cidade, anteriormente, chamava-se António Enes”, disse Ussene, reiterando o seu compromisso de renovar a imagem e o prestígio de Angoche.
Por seu turno, o administrador do distrito de Angoche, William Tiuzine, também presente no evento, elogiou a iniciativa do Conselho Municipal. Ele acredita que o projecto será crucial para o desenvolvimento da cidade e do distrito como um todo.
“Se bem elaborado, este projecto servirá como um património do nosso distrito e da cidade. Ter conhecimento da nossa história nos ajuda a entender o passado, o presente e a projectar o futuro de Angoche. A cidade foi um importante entreposto comercial e possui uma história rica que precisa ser preservada”, destacou Tiuzine.
O administrador também desafiou os pesquisadores a buscarem fontes de informação em regiões mais remotas de Angoche, como Catamoio e Germo, para enriquecer o projecto com relatos valiosos das populações locais.
