Hoje é o dia D. Esta é a tão aguardada quarta-feira, 9 de Outubro, marcada para as VII Eleições Presidenciais e Legislativas e IV Eleições Provinciais, nas quais cerca de 3,2 milhões de eleitores, em Nampula, vão às urnas para eleger o Presidente da República, seus representantes na Assembleia da República e nas Assembleias Provinciais e, consequentemente, os governadores provinciais.
Nesta província, o maior círculo eleitoral do país, os partidos concorrem a 48 mandatos para a Assembleia da República, e 103 assentos da Assembleia Provincial.
Na segunda-feira, apesar de alguns problemas com os membros das Mesas de Voto (MMVs), que reivindicavam subsídios justos, o Secretariado Técnico de Administração Eleitoral (STAE) garantiu que todas as condições estavam asseguradas para o decurso normal do processo eleitoral, a partir das 8h00 de hoje, nas 4.746 mesas instaladas, em 1.262 postos de votação espalhados na província.
Para estas eleições, o STAE recrutou 33.222 MMVs. Os últimos dados indicam que Nampula contará com mais de 6 mil observadores, nacionais e estrangeiros, que serão distribuídos pelos 23 distritos da província.
Em uma conferência de imprensa realizada nesta segunda-feira, o presidente da Comissão Provincial de Eleições (CPE) de Nampula, Daniel Ramos, apelou aos partidos políticos para que sensibilizassem os seus membros e simpatizantes a deixarem as mesas de votação, após exercerem o seu direito de voto, evitando permanecer nas imediações, como têm incentivado alguns concorrentes.
“As condições de informação estão criadas para que todos os interessados tenham acesso aos resultados, que serão divulgados à medida que forem sendo apurados, tanto pela comunicação social quanto pelos próprios partidos, através dos seus delegados de candidatura nas mesas de votação”, frisou Ramos.
Por seu turno, a Polícia da República de Moçambique (PRM) declarou estar pronta e preparada para garantir a segurança nos locais de votação.
“A polícia está preparada, e já temos equipas mobilizadas para trabalhar e manter a ordem e tranquilidade pública nos locais de votação”, afirmou na segunda-feira Rosa Chauque, porta-voz da PRM.
Vale lembrar que, o processo de votação de hoje ocorre sob o espectro de possíveis fraudes, após a Comissão Nacional de Eleições (CNE), com o apoio do Conselho Constitucional (CC), ter ignorado a lei e autorizado o uso de urnas não transparentes, com ranhuras que permitem a inserção de mais de um boletim de voto por vez.