Falhou, pela segunda vez, a entrega do primeiro troço da estrada que liga o centro da cidade, através da N1, ao Hospital Geral do Marrere, em Nampula. Desde maio passado, a estrada beneficia de repetição da reabilitação e resselagem, devido a um trabalho mal feito pelo anterior empreiteiro.
“A estrada já foi feita, mas quando contratamos o empreiteiro, era para fazer a estrada, os passeios e as valas, e essas obras ainda foram concluídas. Por isso, eu não posso inaugurar uma infraestrutura que ainda não está concluída”, justificou Giquira.
Segundo ele, neste momento, o empreiteiro está a mobilizar o pavê para dar início aos trabalhos de construção dos passeios.
As obras desta estrada, com pouco mais de um quilómetro, iniciaram em meados de Maio passado, e a promessa inicial previa que a inauguração ocorresse no dia 22 de Agosto, data em que a cidade celebrou a passagem dos 67 anos de elevação à categoria de cidade.
Entretanto, devido a suposta chegada tardia do asfalto, foi fixado um novo prazo para o final de Setembro, prazo que também não foi cumprido. Alguns munícipes não escondem a impaciência e pedem que a infraestrutura seja aberta ao tráfego para facilitar a comunicação entre a cidade e a zona de Marrere.
Joel Monteiro, residente no bairro de Marrere, afirma que o presidente do Conselho Municipal, Luís Giquira, está a fazer um bom trabalho na componente de estradas, mas deve cumprir as promessas feitas em termos de prazos.
“Para chegarmos a Marrere, somos obrigados a usar vias alternativas que, entretanto, estão em péssimas condições. Por isso, queremos que aquela estrada seja inaugurada”, exigiu Monteiro.
Romeu Cardoso, outro munícipe residente no bairro de Mutauanha, que começou por louvar a qualidade das obras da estrada em questão, disse estar aborrecido em relação ao atraso na conclusão das obras.
“Estávamos confiantes de que a estrada seria entregue no dia da cidade, conforme prometido, mas, infelizmente, tudo voltou à estaca zero”, lamentou Cardoso.
Além disso, o segundo troço daquela estrada, cujas obras iniciaram no mandato de Paulo Vahanle, também está atrasado, pois, quando do lançamento da primeira pedra, previa-se a entrega em Março deste ano.
