Nampula-Anchilo: trabalha-se para repor a circulação rodoviária na EN1

Nampula-Anchilo: trabalha-se para repor a circulação rodoviária na EN1

A Administração Nacional de Estradas (ANE) contratou, de emergência, uma empresa privada para repor a circulação rodoviária na Estrada Nacional número 1 (EN-1), que está temporariamente interrompida desde a noite de segunda-feira, entre a cidade de Nampula e o posto administrativo de Anchilo, condicionando a ligação com os distritos de Nacala-Porto, Ilha de Moçambique, Mossuril, passando por Meconta e Monapo, incluindo a província de Cabo Delgado.

O corte da estrada, causado pela força das águas das chuvas, devido às descargas a montante, que criaram uma enorme cratera, resultante da passagem da tempestade tropical severa JUDE, ocorreu nas proximidades do posto de controlo N1, localizado no posto administrativo de Anchilo, cerca de 17 quilómetros da cidade de Nampula.

Ainda ontem foi mobilizada maquinaria diversa e, no início da tarde, camiões da empresa contratada estavam a descarregar grandes quantidades de pedra, esperando-se que, na manhã de hoje, se iniciassem os trabalhos, ainda sem prazo de conclusão.

O corte desta estrada traz consigo várias consequências negativas, destacando-se a falta de circulação de camiões que transportam diversos produtos para e do Porto de Nacala, sem contar com a movimentação de pessoas e bens.

Além dos diversos distritos de Nampula, a estrada é uma espinha dorsal de Moçambique, e a vizinha província de Cabo Delgado utiliza esta via para se ligar ao resto do país, incluindo nas trocas comerciais.
Aliás, os países do interior, como Malawi e Zâmbia, também utilizam o porto e corredor de Nacala para as suas importações e exportações de produtos, sendo este o trajecto utilizado para os seus países.

O delegado da Administração Nacional de Estradas (ANE) em Nampula, Mateus Espírito Santo, em contacto telefónico, na manhã de ontem, com o nosso jornal, confirmou o corte da estrada e assegurou que, após o trabalho de mobilização de recursos, iriam iniciar as obras de emergência com vista a restabelecer a transitabilidade rodoviária.

Mateus Espírito Santo apontou que, dentro das obras de emergência neste local, serão colocados aquedutos para permitir que a água das chuvas resultante da passagem da tempestade continue a ser escoada, de modo a não causar mais danos em outras secções da via.

“Para já, vamos realizar este trabalho de emergência, para que não volte a acontecer a mesma situação, pois o trabalho de maior envergadura precisa de um estudo adequado”, prometeu Santo.
Contudo, lamentou os prejuízos que tanto os transportadores de carga, como os de transporte de passageiros, bem como as pessoas privadas, estão a acumular como consequência do corte desta via de acesso.
“Reconhecemos que esta estrada facilita muito a mobilidade de pessoas e bens, e este corte que registamos está a causar muitos prejuízos”, afirmou Santo.